Tenho ganas de gritar pelas terraças
Quebrar os telhados a passos largos e pulos de criança
Profanar aos gritos e interromper
as bocas, os cuspes, as trepadas
as noites de Cabíria.
Aquele Tadzio é um filho da puta
alucinação muda
miragem
que chuta na boca do estômago
quem já cansou de viver
Ou ainda
Oxalá branco e lindo
que leva pelas mãos
e sopra no rosto
prá sarar a dor
Quero ser a Deneuve Buñueliana
Paulo Autran com a bandeira preta
mas não ao mesmo tempo
pra não encavalar as estrófes
No fim quem se importa
se tem duas, três, quatro, cinco
seis, sete, mil
ou nenhuma linha
Agora Philip Glass me faz chorar prá dentro
mas eu amanheci pra fora
e não tem volta
3 comentários:
paul henry amanhece pra fora e paula dume pra dentro. polarizações, uma constante em egos e alter-egos. um poema que joga flores e desaforos.
Minha cara,
Não existe poema ruim.
A poesia é a mais profunda representação da alma. Então, fique sussa - suas palavras fazerm parte de teu repertório interno e isso é muito legal!
Beijos :)
o que se faz quando se acorda para dentro e para fora ao mesmo tempo?
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