terça-feira, 31 de julho de 2007

Aos Mestres - com carinho

A Itália me deu primeiro um nome, o meu. Os dos outros demoraram pra chegar. E trouxeram junto os olhares. Foi assim, o mergulho de olho aberto. De volta à tona nunca mais.

Vieram de mãos dadas Fellini & Nino Rota, Pasolini e a solidão - jamais o silêncio. Meu tapa no alheio dormente, em vão. O sonho, o pesadelo, as vísceras e a visão. A descoberta do intrínseco. Em seguida chegou Visconti, a arte em todos os detalhes. Com De Sica e Rosselini, a verdade sobre os meninos e os homens. La Magnani e o grito. Só depois o sorriso de Scola e Monicelli. Por último apareceu Zurlini, a Monica e sua valise.

Estava Antonioni discreto e atento em algum lugar onde o tempo não envelhece. Estava Antonioni na beleza, na suavidade, no complexo das relações humanas e na incomunicabilidade dos seres. O preto no branco e todas as cores, outras línguas. My very beautiful Blow-Up.

Ciao, Michelangelo.


* Dedicado também à memória do gênio Ingmar Bergman. Aos mestres, todo o carinho. E quanto "àquela", que levou a Bergman e Antonioni de uma vez, marquemos uma revanche para ambos. O cinema acerta as contas.

**Foto: cena de "Blow-UP - Depois Daquele Beijo", de Michelangelo Antonioni, inspirado na obra de Julio Cortázar.

domingo, 29 de julho de 2007

Trilha sonora para manhãs frias de sol que não esquenta

Tim Buckley - "Blue Afternoon" (1969)
Ou ainda voz potente para road movies de Vincent Gallo, coisa assim. O pai de Jeff o abandonou quando pequeno e nunca mais voltou. O filhote já era nascido quando as obras-primas do pai foram ofuscadas pelos gritos da rebeldia Jaggeriana, os ecos das guitarras de Hendrix, e o discurso paz & amor de Woodstock. Amargura e trauma. Melancolia folk com apetrechos orientais. O pai de Jeff faleceu em 1979, sozinho em casa.

Thelonious Monk - "The Best of Blue Note Years"
Melodious Thunk para iniciantes. Gênio sem partitura. Quebra-notas-como-quebra-átomos. Jack Kerouac e Neal Cassidy, se escrevessem poema. Charlie Rouse & John Coltrane. "Ruby, My Dear". Muitas vezes já foi abril em Paris.

Yann Tiersen - "Les Fabuleux Destin D´Amelie Poulain"
Eu também, Amelie! Eu também!

domingo, 22 de julho de 2007

Jorge Furtado e elenco falam sobre "Saneamento Básico - O Filme"



Por Renata D´Elia e Paula Dume

O gaúcho Jorge Furtado chega agora ao lançamento de seu quarto longa-metragem, “Saneamento Básico – O Filme”, em cartaz desde 20 de julho, em todo o Brasil. Rodado em três municípios da Serra Gaúcha – Monte Belo, Bento Gonçalves e Santa Teresa – entre julho e agosto de 2006, trata-se de uma co-produção entre a Casa de Cinema de Porto Alegre, a Columbia Pictures do Brasil e a Globo Filmes. Diretor de séries televisivas e de curtas premiados internacionalmente, Jorge aposta em uma comédia metalingüística, com pano de fundo social. Trama e personagens são inspirados na comédia dell´arte.

A sinopse aponta para uma pequena comunidade no Rio Grande do Sul, que pleiteia junto à prefeitura verbas para uma obra de saneamento, e em contrapartida recebe dez mil reais para a realização de um filme. Então, decidem fazer um vídeo sobre a obra em questão. “Demorei dois anos pra escrever este roteiro, feito especialmente para estes atores, os melhores do Brasil na minha opinião”, revela o diretor. O elenco conta com Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga, Paulo José, Tonico Ferreira, Bruno Garcia, Janaina Kremer e Lázaro Ramos. Furtado afirma ter realizado vários ensaios e leituras com os atores, o que rendeu alterações e novas inserções no roteiro. “Com o Jorge há muita liberdade para criar e nós todos acreditamos muito no filme. Literalmente vestimos a camisa”, brinca Paulo José, em alusão às camisetas de divulgação, que quase todos vestiam na coletiva de imprensa.

Ocorre em Saneamento uma mudança temática e narrativa na carreira do diretor, que nos três longas anteriores abusou das narrações em off e de perspectivas psicológicas, focando o universo juvenil. Jorge trilha agora um caminho oposto. “Todos os meus filmes anteriores poderiam ter a mesma sinopse: ‘jovem tímido e inteligente faz de tudo para conquistar a mulher amada’. Faço o possível para não imitar a mim mesmo. Mas às vezes não consigo, é uma mistura de estilo e preguiça”, revela o diretor, que encontrou o fio condutor do filme nas contradições. “Trata-se de um lugar muito pequeno, que tem dinheiro para fazer um filme, e não quer! Pensei em saneamento por ser algo essencial, e que ao mesmo tempo mais de 50% das casas brasileiras não têm”. Fernanda Torres leva a discussão mais adiante. “Cinema é caro mesmo quando é barato. Acaba sendo um artigo de luxo, com um valor muito louco num país de tantas desigualdades sociais. O filme do Jorge faz um retrato que gosto muito, ele explica o que é do cinema: ninguém resolve o problema do esgoto, mas os personagens resolvem suas questões humanas através da arte, através daquele vídeo”.

Segundo Nora Goulart, da Casa de Cinema de Porto Alegre, o orçamento do filme é de 2 milhões e 600 mil reais, coletado em parte através de dois concursos, um promovido pela Petrobrás, outro pelo BNDES. Os gastos com o lançamento atingiram mais 1 milhão de reais, orçados pela Columbia Pictures e pela Globo Filmes. Entre maio e julho, diretor e equipe técnica participaram de pré-estréias e debates fechados em escolas de cinema e universidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O objetivo é estimular a divulgação boca a boca e frear a redução de público – que tem tirado filmes nacionais de exibição poucas semanas após a estréia. “Para nós, vale a frase de Dostoiévski que encerra o filme: ‘a beleza salvará o mundo’. Somos o país de Noel Rosa, Lupiscínio Rodrigues, e não dessa gente corrupta e mórbida que está aí”, reflete Furtado.

* Matéria originalmente escrita para o Cinequanon
** Foto: Renata D´Elia

Relíquia Machadiana

Gostei da brincadeira. Agora vou tirar o pó da gaveta. De vez em quando vou publicar aqui resenhas antigas sobre livros, filmes e registros musicais já lançados há algum tempo. Vale até produção para a faculdade. Custa nada tentar.

Relíquia Machadiana
As controvérsias talvez girem em torno de seu nome em comparação ao de João Guimarães Rosa. Mas Machado de Assis é ainda considerado o maior escritor de língua portuguesa do Brasil, em todos os tempos. Trata-se do único autor brasileiro a receber críticas atemporais de relevância internacional e ser reconhecido como grande romancista em comparação aos contemporâneos europeus. Machado é um dos poucos a escapar da pecha do “exótico” a olhos estrangeiros.

Inicialmente influenciado pelo Romantismo, até promover uma virada radical para o Realismo com “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de 1880, Machado é primordialmente lembrado como o romancista criador da personagem mais instigante da literatura brasileira, a Capitu, de “Dom Casmurro, lançado em 1900 – o livro brasileiro mais traduzido para outros idiomas. No entanto, era ele também um respeitado crítico literário e tradutor de obras como “O Corvo”, de Edgar Allan Poe. Lançou sete livros de contos, que ficaram à sombra da fama dos romances, embora tenham sido também objetos de estudo ao longo de mais de cem anos.

Em 1906, dois anos antes de sua morte, foi publicado “Relíquias da Casa Velha”, seu último volume de contos. “Pai Contra Mãe”, o conto de abertura do livro, revela o olhar minucioso de Machado, que mesmo doente, exercitava na pequena estória o talento de observador perspicaz. Eram os primeiros anos após a abolição dos escravos, e à chegada da República. Não foge ao autor portanto a menção àquele Rio de Janeiro novo e estranho, através da memória sobre o passado.

Machado utiliza uma narrativa em terceira pessoa sobre as fugas dos escravos em tempos de império, as formas de prendê-los e marcá-los a ferro para evitar reincidências. Isso para chegar até a história de Cândido Neves, que inadequado aos empregos fixos dos tempos de Império, virou um hábil catador de escravos fujões. Enamorado e casado com a costureira Clara, tornou-se alvo dos comentários alheios por não levar dinheiro à casa todo dia. Substituído por homens mais ágeis, Candinho ficou sem ofício, e sem dinheiro. Despejado, o casal que esperava um filho,levava conselhos de dar a criança.Tia Mônica, com quem Clara vivera antes de casar-se, era quem os dava moradia de favor, e quem tomou partido de tirar o menino daquela miséria.

A forma machadiana de esmiuçar problemas sócio-econômicos ainda contemporâneos é singela e precisa. Trata-se de uma reflexão sobre os marginalizados, como Candinho, que não tinha respeito nem sustento, por não se adequar à sociedade. Uma pessoa a quem não sobra alternativa, quando sim, um pingo de inventividade, ou de esperança. O ciclo da miséria humana é fechado por Machado em volta do ofício de Candinho – que capturava gente que fugia em direção à liberdade. È neste ofício, ao tentar capturar uma negra, que Candinho baseia sua última esperança em não dar o filho.

A rede de contradições da trama é social, política e moral – ainda que a narrativa se conserve simples e objetiva. Ao capturar a escrava, Candinho lhe ouve suplicar a liberdade, com o pretexto de estar grávida. Sua forma de verter as próprias agruras sobre os outros é recriminá-la, como que simbolizando o ciclo de perversidades de uma sociedade de dominados e dominadores, de vítimas e aproveitadores, mesmo que nem tudo seja tão maniqueísta assim.

Ainda que existam ações físicas e que sejam descritos sentimentos como fúria, ou mesmo a força física de um ou outro, Machado constrói uma narrativa psicológica, como de costume. E denuncia a barbárie, como se tivesse forma de fábula. Nela, seres humanos sujeitam as mais duras decisões de suas vidas a um efêmero e irresponsável jogo de poder e dinheiro. Características opostas como ternura e raiva, e posições contrárias como a de aproveitador e aproveitado, enriquecem, numa breve história, o perfil do personagem principal. Ninguém é completamente herói ou vilão. Não há simplismo em Machado de Assis.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Se a vida fosse uma final de vôlei feminino...

Sempre a mesma coisa com as duas maiores seleções das Américas.

As cubanas agem, provocam e berram feito menininhas encrenqueiras de colegial, daquelas que arrumam briga na saída da escola. Em grupo, tocam o terror mas sozinhas não se garantem. Como quase todas as mulheres do mundo, costumam abusar do emocional e apostar as fichas na irritação alheia. A medalha de ouro e os bicoitinhos de "parabéns" do Fidel são consequência: as jogadoras são ofensivas, voam e cacetam bolas em alta velocidade, e sabem como poucas desestabilizar as boas moças do outro lado da rede. Vilãs de respeito.

As meninas do Brasil são simpáticas, carismáticas, talentosas, esforçadas, raçudas e bonitinhas. Filhas perfeitas. Vencedoras de pódio, mas freguesas das finais. Isso porque, como quase todas as mulheres do mundo, se fragilizam e perdem a concentração em situações práticas. Graças ao bom Deus elas não agem como menininhas de colegial, são mais maduras e formam conjunto técnico superior. Mas na hora H, o maior adversário é o próprio medo. Cá entre nós, bastava confiar em si e enfrentar com mais coragem as muitas fragilidades alheias. Na maioria das vezes, quem começa a provocação não se garante em competência. Não custava nada checar.

Mas nem sempre as competições são assim.

Incompetência a gente vê todo dia. Preguiça e falta de treino também. A eterna mania feminina de jogar (e trapacear) pelo emocional às vezes funciona - principalmente com juíz vendido. Incrível aliás, como o número de cobras é infinitamente superior entre as medíocres. Mas elas não colhem os louros, pois não plantaram nada. Não entram pra História nem viram mitos. Acabam disputando o sexo do auxiliar técnico com a impostora ao lado. E seguem nessa auto-afirmação barata na segunda divisão.

O baixo-clero é gordo. Poucas provocadoras são grandes como Mireya Luis.

* o texto acima se pretende didático em 1º grau, e portanto não considera questões complexas como a esquizofrenia de caráter.

** este blog é vacinado contra teorias feministas clichezentas e prosaicas.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

M-U-R-D-E-R

Mais de 200 pessoas foram assassinadas ontem, naquele "acidente". Isso é genocídio.


A culpa não é minha, nem sua, nem nossa.


E aí, nos fodemos todos, de verde e amarelo. E de azul, branco, estrelinhas, desordem, regresso, fogo e

cinza
cinza
cinza
cinza
cinzas
fogo
água
e cinzas


Nos fodemos todos, com medalha de ouro e maravilha do mundo. Nos foderam, todos.


Depois eles tiram o corpo fora. E daí o dolo vai virar acaso. Amanhã é outro dia e é isso aí. Faz de conta que não foi nada. No dos outros é refresco.


Fatalidade. Fatal. Fatal. Fatal. Fatal. Fatal. Fatal. Fatal. Fatal. Fatal. Fatal.


* Me tirem daqui, pelo amor de Deus.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Raio de Fogo *

Por Renata D´Elia

Aproximadamente 200 pessoas habitavam o hall de entrada do charmoso teatro do CCBB, no centro de São Paulo, dia 17 de abril. Lá, as empadas da lanchonete respiram o que alguns chamam de “alta cultura”. Mas desta vez o verniz é outro. O público em maior parte é formado por jovens na casa dos vinte e poucos, daquele tipo preocupado em ser moderno. Tudo isso na espera de assistir a apresentação dos cearenses do Montage, com participação do ex-baterista do Sepultura, Iggor Cavalera. O show faz parte do projeto Supernovas, que traz à capital paulista as novidades do pop nacional com a participação de nomes consagrados.

No telão, a apresentação de Zé do Caixão: “Eles fazem o som das pistas, o som do sexo, do suor”. É o sinal de entrada para o programador de batidas eletrônicas Leco Jucá e o guitarrista Maurício iniciarem a execução de “Raio de Fogo” até que Daniel Peixoto adentrasse o palco. Vestindo uma saia rodada com um casaco de couro colado ao corpo, o vocalista, de scarpins pretos, iniciou sua performance mais do que peculiar. Comandando um lento strip-tease até ficar de sunga, Daniel exalou sexualidade com ares de Madonna e Iggy Pop ao mesmo tempo. Ainda assim, originalíssimo.

Funcionou, salvo a surpresa aos puritanos desavisados da platéia. Mesmo sentado, o público foi tomado pela intensidade performática e sonora em “I Trust My Dealer” e “Presidente Americano”. Definido como “electro-punk”, o som às vezes não se limita ao rótulo. Principalmente quando um ex-baterista de metal, Iggor Cavalera, sobe ao palco e toca ao vivo, adicionando batidas mais do que energéticas ao som de uma banda que tradicionalmente toca sem bateria, sem baixo e sem perdão. A participação de Cavalera encheu de vigor as execuções de “Hi Ophrah” e “Benflogin”, durante toda a segunda parte do show.

O Montage é uma banda de palco e amplificadores. É ao vivo que fica nítida a crueza e a objetividade de som e performance. Bem diferente da presunção conceitual e da atitude indie vendida por nomes como o Cansei de Ser Sexy, e outras modernices do sul e sudeste. A banda mostra referências, mas também traz novidades.

Em alta no circuito paulistano de baladas, o Montage abriu para Cardigans e Gang of Four na última edição do Campari Rock, em 2006. A pecha de banda GLS pode soar um tanto incômoda aos que julgam transcender as tribos. Daniel Peixoto e Leco Jucá parecem estar acima destas classificações, embora parte de seu público esteja mais ocupada em ostentá-las. Ao contrário de muitas das novidades aduladas pela crítica especializada, o Montage merece atenção. Por mérito, por sonoridade e pela tal da “atitude”.



* texto originalmente publicado no site Speakorama, em abril de 2007

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Inocentes

Domingo, dia 15 de julho, às 18 horas, ocorrerá a final da Copa América. Brasil X Argentina. Eu não vou assistir.

Domingo, 15 de julho, às 18 horas, no Centro Cultural São Paulo, ocorrerá o show de gravação do DVD "Som e Fúria", dos Inocentes, expoentes do punk nacional. E eu atenderei ao chamado quando alguém gritar: "Cadê a assessora de imprensa"? Ou não atenderei porcaria nenhuma.

Ingressos à venda lá na porta do show, por 15 Reais (a inteira).


No Youtobe
um pouco de Clemente & cia.

No meu Flickr, fotos dos Inocentes abrindo para os Rezillos, ano passado.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Sentido

Agora tudo faz sentido. Meus olhos brilham.

Quando eu tinha 12 anos, montava listas de CDs para minha mãe comprar (nunca tive mesada). Depois entrava em pânico na seção musical do Mappin. Só podia levar um por mês. E isso foi antes de passar a economizar a grana do recreio para gastar na imunda e fétida Galeria do Rock. Passando por baixo da roleta do busão, dava até pra comer um hot-dog. Aquelas roqueiras feias com cara de gente que não toma banho ficavam olhando feio. O ódio heavy-metal sempre foi previsível. E nunca passou disso.

Ainda guardo CDs que me custavam semanas de economia e sonhos. Consumo bandas fugazes recomendadas pela NME por não mais que duas ouvidas em Mp3, e depois, vou tratar de música de verdade. Ou de literatura. Ou de cinema. De quebra, ainda faço rankings e listas, hábito que a Lua em Virgem não me deixa abandonar.

Mas eu dizia que meus olhos brilham. Isso acontece quando eu descubro tesouros e viro criança outra vez. Faço air guitar e air drums – esta última, modalidade que inventei - e isso vale até pra Mozart. Depois percebo que em volta não há ninguém. E sorrio aliviada, graças ao bom Deus.

Virei jornalista e toda vez que falo de música me lembro de que tomei essa decisão quando não havia saída. E na verdade ainda não há. Agora tudo faz sentido.

* no Guia da Semana, um comentário jornalístico meu, nesta coluna que passo a assinar mensalmente, sobre música.

terça-feira, 3 de julho de 2007

O cheiro do frango

É isso aí. Dines, boteco barato, lotado na noite de sexta.

E aquele frango rodando na televisão de cachorro há 12 horas. Tem sempre um bêbado pobre que se mete à besta de comer. "João, corta em pedacinhos, faz favor". Só pra deixar no ar aquele puta cheiro de galinha velha!

Frango, pra mim, só se for Le Coq Sportif.

Enquanto isso Silvio Crespo, Renata D´Elia e Camila Hungria se jogam na Skol. Segundo Gustavo Godoy, Itaipava não presta. A teoria budapesteana de Camila afirma que "Itaipava é pra quem toma Brahma - quem toma Original, na falta, bebe Skol".

Teoria a se pensar. (Ou a se beber).

domingo, 1 de julho de 2007

Listas para semear a discórdia

TOP 10 BEATLES

1) Blackbird + Julia (Wite Album)
2) Getting Better (Sgt.Peppers)
3) Eleanor Rigby (Revolver)
4) I am The Walrus (Magical Mistery Tour)
5) While My Guitar Gently Wheeps (White Album)
6) Ticket to Ride (Help!)
7) Come Together (Abbey Road)
8) With a LittLe Help From My Friends (Sgt.Peppers)
9) Norwegian Wood (Rubber Soul)
10) Helter Skelter (White Album)

Álbuns preferidos - WHITE ALBUM (The Beatles) e SGT. PEPPERS LONELY HEARTS CLUB BAND


TOP 10 ROLLING STONES


(Essa eu juro que não dá. É pedir pra me arrancar o couro...)

1) Gimme Shelter + Simpathy For The Devil (Let it Bleed e Beggars Banquet, resp.)
2) Sway (Sticky Fingers)
3) Parachute Woman (Beggars Banquet)
4) Monkey Man (Let It Bleed)
5) Lady Jane (Aftermath)
6) Jigsaw Puzzle (Beggars Banquet)
7) Hey Negrita (Black and Blue)
8) No Expectations (Beggars Banquet)
9) Jumpin Jack Flash Single
10) Waiting on a Friend + Slave (Tatoo You)

ÁLBUNS FAVORITOS (dessa vez eu vou apanhar porque entre os três primeiros, não estará EXILE ON MAIN STREET): BEGGAR´S BANQUET, LET IT BLEED E STICKY FINGERS.Com o TATOO YOU coladinho ali.


* e um trechinho do Rock N´Roll Circus com Lennon e Jagger, no registro histórico da festança promovida pela minha favorita entre as duas.