sábado, 29 de novembro de 2008

E-bow the letter

Estava comentando o show do REM com um amigo e me lembrei da velha canção. Pelo que me consta, a letra de E-Bow The Letter na verdade reproduz uma carta escrita por Michael Stipe para River Phoenix, que nunca chegou a ser enviada. Patti Smith topou fazer os backing vocals na abertura do disco New Adventures In Hi-Fi [1996]. Sem ela seria de uma opacidade só.

Escolham aí entre as duas versões. Não gosto muito do clipe, mas segue a versão ao vivo com Patti no palco. Também achei uma entrada ao vivo no Tibetan Freedom Concert com participação do Thom Yorke. Eu prefiro Patti Smith...



quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O mundo sempre pode ser nosso

Eu e Camila Hungria devemos agradecer a Miguel de Almeida, Joca Reiners Terron e Daniela Ramos pelo brilhantismo da argüição, pela perspicácia das críticas e sugestões, pelo domínio que demonstraram sobre o tema e o respeito que deram a nós nesta noite de quarta-feira [26/11], durante banca examinadora de nosso trabalho de conclusão de curso em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero.

É realmente muito gratificante saber que acertamos na escolha. Que entregamos um trabalho apaixonado nas mãos de três especialistas. Um privilégio maior ainda é saber que fizemos por merecer a nota máxima.

Coisa que não tem preço é estarmos cercadas de amigos e familiares, recebendo telefonemas de sorte, mensagens de apoio, e muitos abraços sinceros na hora do gol: que delícia! Agradecemos também [essa parte já consta no livro, mas aqui vai novamente] a Andressa Zanandrea, Carlos Franco, Kleber Nascimento, Mônica Brincalepe, Wagner Lopes Pires e Welington Andrade pela ajuda & gentileza de cada um durante o processo.

Hora de deixar claro [à meia dúzia de carniceiros-sanguessugas de sempre]: nunca tive tanta certeza do que fiz e do que faço. "Os Dentes da Memória - Uma Trajetória Poética Palistana" foi feito do jeito que quis, na hora que quis, e a minha marca está nele. A minha e a de Camila. E isso ninguén nunca vai nos tirar. [Agora botem os cotovelos na salmoura pra ver se resolve a dor].

Estou absolutamente feliz, e ainda quero mais. Eu quero ver o mundo pela perspectiva do Aleph. Vou mergulhar no espelho de Alice. A nossa hora já chegou. Nós temos a força. Estamos no topo do monte. E daqui de cima é assim: o mundo sempre pode ser nosso.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

1,2, 3, agora!

“De olhos fixos no futuro, jamais voltaremos”, Liv Ullmann.

(Obrigada, Welington).

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

domingo, 9 de novembro de 2008

O sal da cura

O polegar de um pé vive encostado no calcâneo do outro. Eu me arrisco calculadamente, mas dou trabalho ao santo protetor. Sorrio nos momentos de tontura. Surfo no balanço da vertigem. Sou da fé cega, faca amolada. Boto primeiro a cara. E depois eles querem meu sangue. Me guio para um norte particular e tenho absoluta certeza do que virá por fim. Por isso sigo a me perder intensamente pelos meandros, sujeita às dores, delícias e aos gostos exóticos das beiradas do planeta. Eu às vezes como paredes. Eu habito as águas turvas onde existe o sal da cura.

sábado, 8 de novembro de 2008

Descobri que os fãs do Skank são felizes

Uau, onde estão todos os jovens modernosos, os neo-hippies e os hype-indies de classe média-alta? Onde estão todos os olhares blasé, todas as roupitchas da Galeria Ouro Fino, todos os All Stars, todas as costeletas e os cabelos milimetricamente desarrumados, as mulheres propositalmente bissexuais, onde estão as tintas vermelhas nos cabelos e sobretudo aquela velha depressão amiga, muita tristeza, muita melancolia, muito rock inglês?

Puxa! Quer dizer que os pós-modernos paulistanos não são os donos do mundo? Quer dizer então que as baladinhas do Baixo Augusta (é o baixo-high-society-oh-yeah!) não são o centro do mundo? Existe vida fora da matéria?

Existe, minha gente. No show do Skank de ontem, realizado no Citibank Hall no comportado & bastante beautiful bairro de Moema, zona sul da cidade, se reuniram garotas bem nascidas com todas as canções e onomatopéias de Samuel Rosa na ponta da língua, mulheres de salto alto - que dançaram felizes da vida por duas horas -, casais de namorados jovens, casais de meia idade se divertindo pra caramba, vestibulandos de 17 anos com transgressores copinhos de cerveja nas mãos, e egressos rebeldes da classe média da zona norte, como yo, achando tudo aquilo "legal".

Legal em termos. Legal sem emoção. Legal, mas cansativo depois de meia hora. Pelo menos não ofende. O Skank do show Estandarte não mudou nada. O Skank e a classe média limpinha, conservadora e bem comportada se dão bastante bem. É o pessoal do amigo secreto no Fridays. Mas eles têm todo o direito. "Samuel Rosa é alto astral", disse a bela quarentona atrás de mim. Eu também acho, dona. Simpático moço, sorridente e dedicado,animando a galera. Ele é charmosinho - e eu nunca tinha reparado nisso, que bom que agora eu percebi. Tem belas guitarras. Ele coleciona, né?

Henrique Portugal faz cara de bancário com sono, indo embora da pizzaria. Toca teclado e [finge que] toca violão. Lelo Zanetti é um bom baixista, discreto, na dele. Haroldo Ferreti está mais na dele ainda. E assim, tudo fica meio burocrático. Previsível. Mas o público nem liga.

O público não sabe cantar Helter Skelter. O público gosta de Skank mas não conhece Beatles. O público tem preguiça de buscar as referências musicais que os próprios músicos sublinham. A emblemática canção dos Beatles foi executada com a presença de Andreas Kisser do Sepultura, e membros ensebados daquela banda Cachorro Grande (...zzzzzzzzzz, atitude rock n´roll!, zzzzzzzz....). A emblemática canção dos Beatles terminou o show. O show não foi emblemático. Mas não tem problema. O Skank sabe fazer seus fãs felizes. Eu apenas não estou entre eles.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

El Diniz

Não faz muito tempo que meu amigo Diniz Gonçalves Júnior resolveu limpar as gavetas, arejar os ambientes de casa, destrancar as portas e soltar os cachorros. O resultado é seu primeiro livro, que reúne parte de sua produção poética desde 2001. Decalques já saiu do forno. E eu ganhei meu exemplar autografado há algumas semanas. Só não me debrucei sobre ele antes por cautela & zêlo com a minha própria criação de palavras. Na minha leitura de hoje, resolvi separar uns poemas.


Ifá


não apague a passagem do tempo
flor de ventanias colhidas no dia
lago de narciso, beira do abismo
nas contas do colar; ifá


Ísis

na teia dos cílios
ábacos contavam segundos
pausas entre a fala
e o movimento da íris



reflexos mínimos
rascunhos, barcos
ilhas nas entrelinhas

milhares de sóis
rompem o claustro
de mirestrelas

Absurdos que o povo fala e acha que a gente acredita, parte 1

"Lucrecia Martel? Cineasta, grande figura! Vive aqui com a rapaziada, conheço o marido dela e as crianças, grande amiga minha!" [da série "Grandes Amigos"].

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

America

MLK (MARTIN LUTHER KING), U2

Sleep
Sleep tonight
And may your dreams
Be realized
If the thunder cloud
Passes rain
So let it rain
Rain down on me
Mmm...mmm...mmm...
So let it be
Mmm...mmm...mmm...
So let it be
Sleep
Sleep tonight
And may your dreams
Be realized

If the thundercloud
Passes rain
So let it rain
Let it rain
Rain on me


Salvar as baleias? Instituir áreas de nudismo nas grandes cidades? Salvar o planeta do aquecimento global? Terminar todas as guerras, acabar com todas as injustiças sociais? Resolver o problema da escassez de comida e da fome na África? Perdoar a dívida externa dos países pobres? Tornar os corações dos homens menos maldosos? Corrigir todos os erros brutais do capitalismo, acabar com todos os ecos da crise financeira mundial em 4 anos? Distribuir toda a renda? Nada disso, na verdade. Mas uma mudança de mentalidade e de concepção é necessária pela América profunda e pelo mundo afora. E talvez o novo presidente americano possa dar esses primeiros passos. Talvez já tenha dado. Tomara.

sábado, 1 de novembro de 2008

Sobre Mulher Gato & Gretchen

No orkut:

Veri:
Bicha, vou ler teu livro todinho esse fim de semana. UI!
Renata: Pois leia, gátam. E como diriam Michael Jackson e Frank Aguiar - o cãozinho dos teclados: "AU"!
Veri: MEAU!


No telefone:
(...)
Renata: De onde você tirou isso de "etíope". Eu não sou etíope!
Paul Henry: Sei lá, de que país você gostaria de ser?
Renata: Mmmmmm, vejamos. Do Congo!
Paul Henry: Então, você é a conga. Conga la conga... conga, conga, conga...