Consegui comprar meu ingresso para um dos shows de Madonna no Brasil após 12 horas de tentativas no precário site Tickets For Fun no dia de ontem, e mais 4 horas de tentativas por telefone entre ontem e hoje, além de contar com o "fator amigo", já que o Felipe Salomão fez o favor de tentar a sorte por mim quando eu não já aguentava mais.
Ótimo. Estou feliz, afinal de contas, fiz tudo isso só pra ver a Madonna. E já prometi a mim mesma que não faço nunca mais. É muito chato saber que várias pessoas de boa fé se deram mal. Minha amiga Júlia Hilsdorf teve o valor do ingresso debitado de seu cartão, mas não obteve o tíquete. Outros amigos estão tentando até agora pelo call center, toda vez que dá uma brecha no serviço. [E ninguém aqui é desocupado, embora seja bastante cômodo aos donos da razão atribuir essa pecha aos "bobocas" da fila].
A professora Evelyn Vavassori, habitual frequentadora de shows, considerou o desrespeito tamanho logo de início, que nem tentou comprar ingressos. "Eu não vou porque está bem claro que nós passaremos muito estresse e pagaremos caro, mais uma vez, pelo privilégio de uma meia dúzia de convidados. Não trouxeram a Madonna pra a gente, não querem a gente lá. As coisas aqui acontecem sempre desse jeito porque a gente não boicota. Eu não tenho mais paciência", desabafou, por telefone.
Na Folha Online, especialistas em marketing e relações públicas afirmam que os danos à imagem da incompetente Time For Fun devem, no máximo, afastar alguns clientes. "Alguns clientes" é muito pouco. Por ironia, a relações públicas Raquel Arroyo, é mais uma das que já se afastaram do enrosco. "Por causa do preço e do desgaste, não tenho mais pique de ir a shows assim. Até porque devem ter sobrado pouquíssimos ingressos disponíveis para venda, já que antes vem o privilégio dos patrocinadores e da mesma panela de sempre".
Era de se esperar que funcionasse assim, aqui no país do Zé Carioca. "Eles que se danem".