A Câmara Municipal de São Paulo está movendo uma representação contra a vereadora e cadidata à prefeitura da cidade, Soninha Francine [PPS] por quebra de decoro, assinada por um dos líderes do DEM na casa, Carlos Apolinário.
Tamanha revolta se deve ao fato de Soninha ter afirmado, durante a sabatina do Grupo Estado, que alguns vereadores recebiam propina em troca de votos. O corregedor Wadih Mutran, outro membro do DEM, avisou que vai marcar um novo encontro para dar continuidade às investigações, já que não houve quórum para indicar um relator.
É no mínimo paradoxal que um político envolvido na máfia das ambulâncias atue como corregedor na câmara. E realmente ridículo que um vereador que se coloca contra o beijo gay e propõe uma lei que institui o Dia do Orgulho Hétero - e cujas bandeiras destoam das diretrizes de um estado laico, e da defesa de um ideal público, já que o político está ligado sectariamente aos anseios da comunidade evangélica - atue como um líder legislador. Ou você espera alguma justiça num lugar onde as leis são aprovadas por essas pessoas?