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Não vou seguir rasgando seda, até porque não recebo um centavo prá isso, tampouco faço aqui apologia ao estrangeirismo. Mas realmente não dá pra ser feliz num país onde as opções de semanários de circulação nacional, por exemplo, vão de Veja à Carta Capital, que configuram duas espécies de pensamentos únicos dos quais tenho procurado me desvencilhar [com medo da máquina de moer cérebros e podar libido].
O que a Radar faz ao promover abertamente apoio à candidatura de Barack Obama é o oposto da falsa imparcialidade. E também muito diferente de oferecer espaço para que os portadores de opiniões sectárias opostas se execrem publicamente como fizeram Luciano Huck e o escritor[?] Ferrez via Folha de S. Paulo no ano passado, num pseudo-debate sobre a segurança pública no país.
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Mas a nota 10 fica mesmo prá capacidade da revista em rir da cultura pop e do cenário político americano. Qual revista brasileira é capaz de especular "em qual candidato Jesus votaria?" [A pergunta que não cala: se Deus é Fiel, será que Jesus é Mancha?] E que tal a versão do 11 de setembro de 2001 para crianças?
Em todo caso, dê uma olhadinha no site, tome uma meia hora de leitura e tire suas conclusões. Se o slogan "fresh intelligence" não colar com você, mesmo que não seja 100%, não brinco mais. Devolva a minha bola que eu vou brincar sozinha!
PS: Recebi de um amigo a indicação para leitura desse blog aqui, mantido pelo jornalista Vitor Angelo. A temática dos últimos posts vêm a calhar, com destaque para a palavra falada de Laurie Anderson e seu brilhante diagnóstico sobre a América.