quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Competência mineira

Semana passada fui conferir um show do Pato Fu, só para convidados, no Sesc Vila Mariana. Na platéia, gente como Walter Franco, Tadeu Jungle, Edgard Piccoli e outras figuras. "A gente vai nos shows dos outros artistas e gosta quando eles vêm ver a gente", justifica Fernanda Takai, que me concedeu uma entrevista (publicada no Guia da Semana).

Perdida ali entre o staff da Tratore Records - distribuidora independente do novo disco "Daqui Pro Futuro", ex-Vjs da MTV, jornalistas e amigos dos integrantes da banda, consegui sacar muito bem o espírito da coisa. E olha que eu não acompanhava o Pato Fu de perto desde 1996, quando meu pai vasculhou as 11 lojas de discos do Shopping Center Norte para encontrar os álbuns "Rotomusic de Liquidificapum" e "Gol de Quem?", que eu ganhei de presente naquele Natal.

Ver o Pato Fu ao vivo não chega a surpreender, mas rende certo orgulho. Ano passado, quando assisti ao show do Cardigans, em que nenhum dos integrantes sabia o que fazer com os instrumentos, e muito menos onde se colocar em cima do palco, perdi a pouca fé no indie-pop. Aquela coisinha cool, bem produzida, que já não cola e nem decola. Por isso mesmo, é importante perceber que existem bandas brasileiras fazendo muito melhor no palco, do que os gringuinhos premiados no VMA´s. Isso além de apresentarem propostas musicais mais consistentes.

No caso do Pato Fu, trata-se de 5 músicos muito competentes no que fazem. Demonstram respeito pelo público. Tocam com o som minuciosamente passado (típico de quem realmente trabalha)e mostram-se cercados por uma bela equipe técnica. Não há exagero em conceito, nem pseudo-conceito. Apostam num repertório fincado nas baladas mais pop da carreira, e mesmo assim, conseguem sorrisos & palminhas até dos mais chatos, como eu. Destaque para "Made In Japan", "Depois", "Eu" e "Gimme 30" - desta última consegui captar alguns minutos, e já botei no Youtube.



As outras fotos do show estão logo ali, no meu Flickr.

6 comentários:

MARCELO MENDEZ disse...

Talvez eu não fosse a um show do Pato Fu, não compraria cd, nem nada do tipo e isso é problema meu. Não vem ao caso. Fato é que, quando uma matéria é feita com honestidade, talento e competência, no mínimo fico curioso em saber como foi a coisa toda. Mérito da menina marrenta e talentosa que a escreveu.
Muito bem, Renatinha!

Anônimo disse...

Gosto mais da sua crítica que do próprio Pato Fu(rs), mas não me desagrada também o trabalho deles. Passei até a admirar o John quando ele produziu o "Let it bed" do Arnaldo Baptista(por sinal um disco bem produzido), tirando o cara/gênio do ostracismo. Ou seja, minha relação com o Pato Fu é das mais mornas possíveis... o que, por sinal, já é uma dádiva nesses tempos de ostracismo criativo.

Beijo, "Delía".

Roderick Usher

Anônimo disse...

Apesar de nao ouvir muito banda nacional, simpatizo muito com a banda Pato Fu. E tem 2 clipes que gosto muito: Made in Japan e Eu.
Li a entrevista no site guia da semana.E Parabens pela materia, Renata.Obviamente... foi muito bem escrita.

bjs

Anita

Felipe Vilasanchez disse...

devia ter deixado os trabalhos de lado e aceitado o convite :(

descompassada disse...

ela é meu playmobil favorito.

Unknown disse...

Parabens pela entrevista, eu tambem gostaria de ser convidado para assistir a um show do Pato Fu, estou curioso pra ver como sera esse projeto solo da Fernanda Takai, apesar de não gostar do som da Nara Leão, mas vamos ver no que vai dar,

beijos pra D'Elia

Anderson.