Perdida ali entre o staff da Tratore Records - distribuidora independente do novo disco "Daqui Pro Futuro", ex-Vjs da MTV, jornalistas e amigos dos integrantes da banda, consegui sacar muito bem o espírito da coisa. E olha que eu não acompanhava o Pato Fu de perto desde 1996, quando meu pai vasculhou as 11 lojas de discos do Shopping Center Norte para encontrar os álbuns "Rotomusic de Liquidificapum" e "Gol de Quem?", que eu ganhei de presente naquele Natal.
Ver o Pato Fu ao vivo não chega a surpreender, mas rende certo orgulho. Ano passado, quando assisti ao show do Cardigans, em que nenhum dos integrantes sabia o que fazer com os instrumentos, e muito menos onde se colocar em cima do palco, perdi a pouca fé no indie-pop. Aquela coisinha cool, bem produzida, que já não cola e nem decola. Por isso mesmo, é importante perceber que existem bandas brasileiras fazendo muito melhor no palco, do que os gringuinhos premiados no VMA´s. Isso além de apresentarem propostas musicais mais consistentes.
No caso do Pato Fu, trata-se de 5 músicos muito competentes no que fazem. Demonstram respeito pelo público. Tocam com o som minuciosamente passado (típico de quem realmente trabalha)e mostram-se cercados por uma bela equipe técnica. Não há exagero em conceito, nem pseudo-conceito. Apostam num repertório fincado nas baladas mais pop da carreira, e mesmo assim, conseguem sorrisos & palminhas até dos mais chatos, como eu. Destaque para "Made In Japan", "Depois", "Eu" e "Gimme 30" - desta última consegui captar alguns minutos, e já botei no Youtube.

As outras fotos do show estão logo ali, no meu Flickr.