A temporada de apresentações dos quarentões do Tears For Fears pelo Brasil começou com o pé direito na noite de 6 de outubro, em São Paulo. Não que o Credicard Hall seja lá o melhor lugar do mundo, mas pelo menos a boa acústica foi de grande serventia ao público que lotou a casa de shows para ouvir pérolas pops criadas no auge da banda, entre 1983 e 1993, junto a canções mais recentes.
Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (voz e baixo) provaram o vigor do repertório num show correto e enxuto, com arranjos fieis aos originais. Os vocais soam como nos velhos tempos. As execuções foram mais curtas, sem improvisos e, vá lá, um tiquinho mais lentas e menos energéticas do que no DVD ao vivo Going To California (1990), para citar um exemplo à mão. Nada grave: difícil encontrar quem não tenha cantado e botado os bracinhos pro ar desde a abertura, com Everybody Wants To Rule The World, até o encerramento com Shout.
E teve até direito a uma lânguida & lenta versão para Billie Jean, de Michael Jackson, que o público aprovou. Head Over Hills e Sowing The Seeds Of Love -- exemplares nítidos da influência de Paul McCartney -- estão entre os pontos mais altos da noite.Advice For The Young At Heart venceu no quesito emotividade. Mad World e Pale Shelter fizeram a alegria dos velhões. Na falta de Oleta Adams, a voz feminina de Woman In Chains acabou vindo da garganta de um homem, o backing vocal canadense Michael Wainwright. Tudo na medida de um show sem surpresas e novidades, mas muito acima da média das bandas pops nascidas no neste século.
2 comentários:
Ai, sinceramente? Fui assistir no Rio e, sei lá, me pareceu playback. Foi um show que não me convenceu.
Olha, aqui não teve NADA de playback!
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