domingo, 8 de março de 2009

Na iminência do salto

Frio na espinha.

Mas antes de tudo, escolher a estrada para correr e o porto final para atracar (o esboço da boca de espera já não sai da cabeça), depois aparecem as cidades sem nome e as terras fertilizadas pelo sangue carmim. No caminho há pôneis coloridos & cavalos-de-fogo, amoreiras falantes & pássaros de sol, feijões gordos, castelos cercados por jardins elétricos, uma espada na pedra, curandeiros, crianças mágicas, águas sulfurosas, parques de diversões, flores de miolo amarelo, ventos musicais movendo seres que se dedicam a girar sobre os próprios eixos, e ainda bacantes, baleias, fadas, falos; e com sorte, um bocado de amor. No fundo de um lago, está indicada a porta onde se esconde o Aleph. Bastará, no entanto, encontrar o cheiro que me hipnotize pelos próximos quartos de século.