segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Fragmento às seis

Um porta-treco
segura Portinari num
retrato envelhecido
muito simpático

Notei que algumas horas são azuis

Um adesivo
e algumas fotos
Controle-remoto
Emilia e Saci-Pererê

Lembrei do Sítio do Tio Pão-de-Ló em 1989
(com um sorrisinho maroto)

Estava em San Vicente
a cidade e suas luzes
Estava em San Vicente
as mulheres e os homens


- e passei pelo clube da esquina longínqua...
onde costumamos nos encontrar
nas manhãs de sol
quando chove

3 comentários:

Anônimo disse...

Este poema apenas existe,
ele não quer dizer nada;
quando o deitei no papel,
foi isso que me ocorreu.

Os teóricos da literatura,
os críticos, os pesquisadores
vão terminar descobrindo
que ele diz alguma coisa.

Coitados! Que perda de tempo!
Ele não quer dizer nada;
nada, nada, nada, nada;
absolutamente nada.

descompassada disse...

só falta agora virem com aquele lero-lero pseudo-ético-casperiano de:
é poema?
é pertinente?

respondo à altura da bosta: tire uma folha e escreva duas frases poéticas que contraponham todo esse "nada", com rima [pode ser pobre, eu deixo].

Anônimo disse...

Mania de MPB hein Renata?
Saudades...